A Chuva deveria ser proibida de cair em dias Santos.
Naqueles dias Santos de alegria a todos. De alegria às famílias e aos amigos. Em que saem às ruas, comemoram, bebem, dançam; alegram-se.
Esqueceram de ensinar a Chuva de que só deveria cair nos dias de despedidas; nos dias de velório; nos dias de final de amor...
Mas a Chuva cai no dia Santo.
Meu caro amigo (ou minha caríssima amiga), apesar de todos os satélites, e estudos, e institutos tecnológicos, e aparelhos metereológicos, o Céu, querido(a), este continua um mistério insondável.
A Chuva cai no dia Santo.
O Céu se enche de nuvens disformes e sem cor. Não são escuras (carregadas), nem amigavelmente claras. São indiferentes e tristes. O ar esfria. O mundo turva-se. (Sairia uma neblina.) Não se sente o cheiro da terra molhada. O raio, o trovão, o relâmpago ficam contidos no âmago das Nuvens. O Vento percorre os caminhos levando as folhas caídas. O horizonte... A Chuva cai no dia Santo por causa do horizonte.
E o mar não reflete as Nuvens. Não porque não queira. As Nuvens que não querem: viria aquele sentimento de auto-piedade, misturado com uma angústia, um medo e qualquer coisa mais, que só faria a Chuva cair sofregamente.
A Chuva ameaça. Faz tremer. Desanima.
E nem o sol mais fraterno dissipa a iminente Chuva. E, talvez, nem o sol mais dourado e amado fá-la-ia desaparecer.
A Chuva não deveria cair em dias Santos.
Mas ela cai. E não cai com a força das tempestades do Norte; nem com a sutileza da garoa. Não limpa as ruas, nem as inunda.
Cai. Molha.
Quem poderá explicar à Chuva de que não deveria cair em dias Santos?
Naqueles dias Santos de alegria a todos. De alegria às famílias e aos amigos. Em que saem às ruas, comemoram, bebem, dançam; alegram-se.
Esqueceram de ensinar a Chuva de que só deveria cair nos dias de despedidas; nos dias de velório; nos dias de final de amor...
Mas a Chuva cai no dia Santo.
Meu caro amigo (ou minha caríssima amiga), apesar de todos os satélites, e estudos, e institutos tecnológicos, e aparelhos metereológicos, o Céu, querido(a), este continua um mistério insondável.
A Chuva cai no dia Santo.
O Céu se enche de nuvens disformes e sem cor. Não são escuras (carregadas), nem amigavelmente claras. São indiferentes e tristes. O ar esfria. O mundo turva-se. (Sairia uma neblina.) Não se sente o cheiro da terra molhada. O raio, o trovão, o relâmpago ficam contidos no âmago das Nuvens. O Vento percorre os caminhos levando as folhas caídas. O horizonte... A Chuva cai no dia Santo por causa do horizonte.
E o mar não reflete as Nuvens. Não porque não queira. As Nuvens que não querem: viria aquele sentimento de auto-piedade, misturado com uma angústia, um medo e qualquer coisa mais, que só faria a Chuva cair sofregamente.
A Chuva ameaça. Faz tremer. Desanima.
E nem o sol mais fraterno dissipa a iminente Chuva. E, talvez, nem o sol mais dourado e amado fá-la-ia desaparecer.
A Chuva não deveria cair em dias Santos.
Mas ela cai. E não cai com a força das tempestades do Norte; nem com a sutileza da garoa. Não limpa as ruas, nem as inunda.
Cai. Molha.
Quem poderá explicar à Chuva de que não deveria cair em dias Santos?
- E depois não vem arco-íris, mas algumas poças e um tanto de barro. O barro que talvez assuma um tom verde.