Na noite, o teu cheiro nas dobras de minha pele (nos meus poros e nos meus pelos), as manchas que deixaste nas lentes dos meus óculos, o beijo não consumado, a vontade do teu desejo e do meu delírio, e o inverso - meu desejo e teu delírio, nossos gostos.
Meus desenhos desconexos, minhas irracionalidades e dores. Minha falta de autopiedade e concatenação.
A palavra que não foi dita, a frase que jamais será escrita: perdeu-se onde sempre me perco.
É tudo tão óbvio; mas tenho medo, e nego.
Eu que não sei ter. Eu que translado em torno de mim, digo, de eu.
Minha culpa, na noite.
Na noite, a luz que se apaga, o escuro do quarto e a claridade da rua. Nunca há estrelas.
Na noite, tu, teu corpo e tua graça. O som do lá fora.
Na noite, a tua ausência; e, sobretudo, a tua falta.
- Dá-me tua mão, faz-me dormir.
Meus desenhos desconexos, minhas irracionalidades e dores. Minha falta de autopiedade e concatenação.
A palavra que não foi dita, a frase que jamais será escrita: perdeu-se onde sempre me perco.
É tudo tão óbvio; mas tenho medo, e nego.
Eu que não sei ter. Eu que translado em torno de mim, digo, de eu.
Minha culpa, na noite.
Na noite, a luz que se apaga, o escuro do quarto e a claridade da rua. Nunca há estrelas.
Na noite, tu, teu corpo e tua graça. O som do lá fora.
Na noite, a tua ausência; e, sobretudo, a tua falta.
- Dá-me tua mão, faz-me dormir.